quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Estranhos.

Chamaram de estranhos
Os homens que comeram doce mais do que deviam
As meninas que fizeram sexo mais do que elas podiam
Os homens que preferiram dormir ao invés de partir
Aqueles que urraram de dor e não conseguiram fingir
Aqueles que voaram alto sem mesmo sair do lugar
Humanos que se esqueceram mas não se esqueceram de amar
E quem levantava à noite pra colorir e cantar
E outros que resolveram dizer ao invés de falar
Adultos que não correram pra aliviar o atraso
Jovens que não morreram por não se lembrarem do prazo
Avós que calçaram botas e se deitaram no chão
Formandos que se mudaram para os confins do sertão
Aqueles que ignoraram palavras, tendências e placas
Doentes que estavam morrendo mas se levantaram das macas
Garotas mal educadas que um dia criaram asas
Voaram pro céu e foram embora pras suas casas.
Chamaram de estranhos
Homens.
Homens que carregavam violas
Canetas, pincel
Homens que vivem no inferno
Mas dentro de si têm o céu.

6 Comments:

Tha Basile said...

eu amooooooo esses textos-poesia seus.

fã.

Thais said...

Eu já te chamei de estranha hoje?

Espero que não tenha trocado por causa do meu comentario hein?

Bjoooo

ps tb: Fotos no orkut, meu e da Mary, pega la!!!

Thaty said...

meu deeeeus!!!!
QUE INSPIRAÇÃO FOI ESSA? AMEEEEI!!!
Demais!!!

fã too.

:*

Anônimo said...

será que sou estranho também?

Anônimo said...

Posso dizer com certeza... Estranha não chega nem a ser seu nome do meio, mas o primeiro nome.... Beijos flor... impecável como sempre...

Anônimo said...

Eu posso te chamar de estranha sometimes, só sometimes... Muito bom o texto... poético-estranho e engraçado! rs beijos